Fetiche?
Quando falei sobre os custos do vinho, observei que as garrafas mais grossas e pesadas podem ser úteis para a proteção dos vinhos mais caros, vinhos exclusivos e que têm de fato uma imensa carga fetichista atrelada ao seu valor de fato. Jancis Robinson defende ardorosamente que o apreço do mercado pela estética das garrafas mais pesadas é burro e egoÃsta e que é possÃvel encontrar vinhos de todas as faixas de preço, mesmo as relativamente baixas, em pesadas e inúteis garrafas.
Assim como a rolha, que é um produto caro e que oferece um certo risco para a qualidade do vinho, entendo que garrafas “de luxo” poderiam se tornar, em algum tempo, exatamente isto: puro luxo. Mais recentemente, Robinson embarcou em uma verdadeira cruzada contra o que ela chama de bodybuilder bottles, algo como “garrafas marombeiras”, que ela já vem condenando desde muito. Em seu site, ela criou uma campanha para que os assinantes divulguem quais são os produtores que seguem utilizando garrafas extra-pesadas, em busca de pressioná-los a mudar de atitude, clamando para que o público faça saber aos produtores que não se interessa por garrafas grandes, pesadas e reluzentes.
Continua…
Leia mais sobre o assunto:
Jancis Robinson
“Why expensive does not always equal good“, de 31 de agosto de 2002.
“Down with bodybuilder bottles“, de 9 de outubro de 2006. – Observem o comentário do produtor de Brunello Candace Mate, no pé da página.
“Name and shame heavy bottles“, de 15 de feveireiro de 2008 (infelizmente, esse é só para assinantes).
Decanter Magazine
“Wine heavyweights attack heavy bottles“, de 22 de fevereiro de 2008.
economia, garrafas pesadas, lixo, emissão de carbono, reciclagem, Jancis Robinson
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